segunda-feira, 28 de março de 2011

Quanto tempo o tempo tem.









Era um dia de quente, isso não esqueço, ao contrario da data, que tentei sempre reprimir para não temer que o dia volta-se a acontecer.
Dezasseis horas e vinte e tres minutos;
13 segundos.. foi o tempo que parecia não mais acabar.
Foram 13 segundos que pareceram eternos.
Foram o tempo suficiente para ver correr nos meus olhos momentos que jamais pensei recordar, momentos que esperei lembrar para sempre e tudo num espaço de 13 miseros segundos.
Em 13 segundos, a minha voz desapareceu, o meu corpo imobilizou, e eu já não era eu, mas uma projecção de mim mesma.
Não um, não trinta, mas 13.... 13 segundos que me mudaram, que ignoraram a minha força e vontade, e me fizeram ceder.
Foram o tempo suficiente para saber o que realmente significa a palavra panico, e para agora mais tarde, perceber a complexidade do meu cerebro que em 13, 13 segundos me fez com que tudo me passa-se pela cabeça, como se esses mesmo 13 minutos podessem mais que uma hora ser.
TREZE segundos...
os 13 segundos mais longos, que me fizeram compreender a palavra MEDO.
Treze segundos, que sinto presos no peito, e que me deixam parada no tempo, involta naquele mesmo momentos vezes sem fim, cada vez que penso nisso.
Foram os segundos necessarios para mudar a minha forma de ver e compreender quem me dizia sentir esse medo.

FORAM TREZE SEGUNDOS... que finalmente terminaram!