terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Para ti: Polisipo



Não sei se sabes o tempo que passa, e por mim passa, e repassa, e a memória vai e vem.
O mundo que julgo ser meu está torto.
sim, torto, porque de pernas para o ar acho que nem tanto, mas não está o suficientemente bem para estar direito, e então, ele lá se inclina, quiça para o lado dos astros, esses que tantos, não me sabem orientar!
E o mundo gira, e girou, e á pouco girou em torno de ti, das tuas antiguidades, dos sorrisos inocentes e salvaguardados sem percepção que antes partilhavas tão constante, e hoje não sei mais.
E então eu fiquei, a olhar, do meu jeito torto, a pensar, como só eu o sei, e lembrei-me que nunca tivemos o tempo;
O tempo, o momento, para estarmos só nós, sentados junto da foz, apenas a conversar...
Porque eu sinto falta..eu sinto mesmo falta, muito falta, de conversar a sério com alguém, não de jogar conversa fora, mas sim, de falar, profundamente, até um pouco de analisar as palavras, porque agora todo o mundo vem e vai em 5 minutos, e nada sobra, senão a demora em novamente voltar, e tu sempre voltavas, sempre estavas onde eu sabia te encontrar, mas agora não mais, e disso, disso eu sinto falta, muito falta...
Enfim, quis, quiça julguei, que gostasses de saber, que apenas te quero bem, aqui ou ai além, esperando sempre rencontrar, o sorriso nos teus lábios, no teu olhar, como nos tempos vagos, em que para ti, eu era ninguém.......


xxx

p.s.: que voltes em breve, que a minha memória se despede, antes da hora da ida, e sobra somente partida, em fragmentos de vida.