sexta-feira, 22 de abril de 2011

Acho que era Amor!




Acho que era Amor......

Era um amor, mas não queimava nem sufocava.
Era um daqueles raros amores de ALMA, que pouca gente os sabe como é.....


Eram as cartas trocadas..... as flores.....as fotografias.......acima de tudo as palavras....

Eram tudo aquilo quanto poderiamos querer,
e no entanto era um nada.
Era um nada o amor que tinhamos,
eu a ti, e tu a mim,
e cada um de nós a nós próprios.

Era um amor doce; terno; sentido;
e contido, e brusco, e negado;
era tudo quanto um amor pode ser
e quanto não queria que fosse.

Amor;

era ele,

eras tu,

a metade mais que perfeita no meio de toda a sua imperfeição.

Era ambíguo,
prepotente,
insurdecedor
ainda que no seu total silêncio.

Não precisava de palavras faladas,
nem tão pouco de explicações,
apenas,

gestos

emoções,

toda uma volúpia de sentimentos
revoltos e envoltos numa forja;
Forja essa que não sabiamos conduzir....
nem tão pouco para onde levar!

Era o tanto e o tão pouco que nos fez crêr e desejar,
no impetuo resplanecedor de um brilho no meio do deserto
em que ambos viviamos e morriamos lentamente,
a cada momento que deixavamos passar....

Amor,
Era o que era!

Adolescente, inocente, sem noção do que significava em nós,
no corpo, na alma, no desejo da ânsia e na sua imensa demora.

Era UM AMOR.... hoje... acho que já não é mais;

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