sábado, 23 de junho de 2012

Chorões de ausencias



E naquele momento o tempo parou!


Senti a tua mão na minha, ouvi o som da tua gargalhada alta e dominante, e vi o sol cair por terra sob chorões que se estendiam sob nossos pés á mercê das mãos insolentes que os tentavam saquiar disfarçadamente.

Senti o vento tocar-me a face e pensei que serias tu!

Então abri os olhos;
Tu não estavas lá mais, quinze anos voltaram a acontecer e era somente eu quem estancava sob o mar as lembranças mais bonitas que alguma vez me deste!

Mas todo este momento foi teu, foi nosso uma vez mais, um flash back de curta metragem mas carregado de profunda carga emocional, pelos poucos e breves momentos que tiverem juntos, mas tão presentes, tão memoráveis, tão... tão únicos como somente foram!

Porque o destino, apesar de nos traçar rotas que não mais se cruzarão nesta vida, deixou fragmentos suficientes para que possa para todo o sempre me lembrar de ti!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

De: Pessoa, Para: Pessoa.



Perdi-te o rumo numa dessas vielas que tens percorrido, e de ti não sei mais, nem mesmo zumbido;
Não te sei o destino, nem oiço mais teu tino;
não sei dos teus dias, nem sei de teus sentidos...
Estudo linhas mal timbradas, na esperança de novidades talhadas,
que de ti minha mente chama, mesmo com minha voz calada.
E assento letras, nem sempre escritas,
em papel razurado, que será jamais enviado,
e aguento em silêncio uma espera desesperante,
de acordar de manhã e por fim ter-te encontrado.......


"aut viam inveniam aut faciam"

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Para ti: Polisipo



Não sei se sabes o tempo que passa, e por mim passa, e repassa, e a memória vai e vem.
O mundo que julgo ser meu está torto.
sim, torto, porque de pernas para o ar acho que nem tanto, mas não está o suficientemente bem para estar direito, e então, ele lá se inclina, quiça para o lado dos astros, esses que tantos, não me sabem orientar!
E o mundo gira, e girou, e á pouco girou em torno de ti, das tuas antiguidades, dos sorrisos inocentes e salvaguardados sem percepção que antes partilhavas tão constante, e hoje não sei mais.
E então eu fiquei, a olhar, do meu jeito torto, a pensar, como só eu o sei, e lembrei-me que nunca tivemos o tempo;
O tempo, o momento, para estarmos só nós, sentados junto da foz, apenas a conversar...
Porque eu sinto falta..eu sinto mesmo falta, muito falta, de conversar a sério com alguém, não de jogar conversa fora, mas sim, de falar, profundamente, até um pouco de analisar as palavras, porque agora todo o mundo vem e vai em 5 minutos, e nada sobra, senão a demora em novamente voltar, e tu sempre voltavas, sempre estavas onde eu sabia te encontrar, mas agora não mais, e disso, disso eu sinto falta, muito falta...
Enfim, quis, quiça julguei, que gostasses de saber, que apenas te quero bem, aqui ou ai além, esperando sempre rencontrar, o sorriso nos teus lábios, no teu olhar, como nos tempos vagos, em que para ti, eu era ninguém.......


xxx

p.s.: que voltes em breve, que a minha memória se despede, antes da hora da ida, e sobra somente partida, em fragmentos de vida.