sexta-feira, 18 de julho de 2008
Da janela do meu quarto
Da janela do meu quarto, vejo o céu azulado, coberto de doces nuvens de algodão doce, em tons azuis e esverdeados, ou até mesmo rosados, dependendo do sabor que eu desejo…
Bem lá do alto, desce uma escada, bem escura, feita de cordas de chocolate, do que eu mais gosto, bem saborosa e eu subo por ela até ao infinito…
Já lá no cimo, sentada sobre as nuvens tão mais gostosas que vistas lá de baixo, dou saltos maiores que os meus pequeninos pés, rodo bem mais rápido a saia do meu vestido, e solto os meus loiros e cacheados cabelos ao doce sabor do vento…
Invento danças que danço com os anjos, e voou até bem perto das estrelas…
Fecho os olhos e imagino…
Imagino tudo o que tiver vontade de imaginar…
E ali, naquele lugar mágico, tudo realidade se pode tornar…
Sonho estrelas, do tamanho das minhas mãos, as quais eu posso tocar, e com elas, lá no céu, eu vou brincar…
Gosto tanto de subir ao céu, e ficar ali, … a imaginar …
Brincar ao faz de conta e a tudo que eu desejar…
Ali, no cimo das nuvens, onde apenas estou eu, sem nada que me possa magoar, chatear ou incomodar, onde o resto do mundo está bem, bem lá em baixo, abaixo dos meus tão pequenos pés…
E é ali que gosto de brincar, imaginar e sonhar, todo o tempo que me apetecer, num mundo só meu…
E quando eu me cansar de lá estar, tudo que tenho que fazer, é descer lá do céu, pelas escadas de chocolate ou pelo arco-íris que acho que vou pintar, se quiser e me apetecer, dos sabores que eu quiser, e chegar lá em baixo, á janela do meu quarto, para por fim, adormecer…
Não seria tão bom, se toda a gente tivesse um céu como o meu, pintado da forma que cada um quiser, na janela do seu quarto, ou na parede do seu ser, inspirado em si mesmo, e vivido, a cada anoitecer??...
Inspirado no sorriso de uma menina de 2 anos ;)
“Porque gostas tanto de fotografar?”
“Porque gostas tanto de fotografar?”
Hmm…
Como te posso explicar…
Diz-me…
Como te sentes cada vez que olhas o mar?
Ou o pôr-do-sol?
Como te sentes cada vez que vês algo que te faz sorrir, sentir alegria, e vontade de viver?
Como te sentes ao olhar uma fotografia, que te faz voltar atrás no tempo e recordar?
Podes um dia não lembrar mais que um dia, á muito tempo atrás, estives-te num jardim repleto de rosas que cobriam colunas, enaltecidas por formas que lhes davam vida…
Mas eu, ao olhar hoje essa fotografia, consigo sentir o suave perfume de todas aquelas rosas, o toque da relva húmida nas pontas dos meus pés,… ainda ouço o teu riso e sinto o toque da tua mão…
Ainda sinto o calor do pôr-do-sol do primeiro fim de tarde que passamos juntos, e a aguá fria do mar que caia sobre o meu rosto quando subimos até bem perto do mar,…
Consigo sentir tudo isto, a cada vez que olho cada fotografia, tudo isto e tudo mais…
Deixa-me tirar-te uma fotografia…
Sorri apenas, ou faz caretas, chora mas que seja de alegria!
Não importa que fiques com um olho aberto e outro fechado, a rir ou chateado, o importante é que mais tarde quando voltares a ver esta fotografia, vais lembrar este momento, vais lembrar este dia, e prometo, dentro de ti, vais sentir, sentir algo, mesmo que não saibas o quê mas prometo-te vais sentir…
Eu sinto, a cada vez que olho uma fotografia mesmo que não seja minha, as vezes sinto o desejo que fosse eu quem a tirou, ou ter podido estar nela…
Em cada fotografia que tiro está um bocado de mim, um sentimento, vários sentimentos, uns bons outros menos mas ainda assim um sentimento…
Vá, deixa-me tirar-te uma fotografia!
Prometo não te roubar a alma, apenas quero guardar um pouquinho de ti, dentro de uma moldura, que um dia, me trará de novo aqui, a este momento, onde eu estou a tirar-te uma fotografia…
Ri-te, vá podes rir-te de mim á vontade, não acredites, até podes embirrar e dizer que não gostas dela no fim, mas uma coisa te prometo, daqui a muito tempo, quando estiveres a revirar os meus álbuns, caixas e fotos perdidas, esta vai estar por entre elas, e depois de te lembrares de toda esta nossa conversa, aposto contigo, que vais pensar:
“Ainda bem que ela tirou esta fotografia.. ” ;)
Então… deixas-me tirar-te uma fotografia???
terça-feira, 8 de julho de 2008
Quero ser bailarina!
Deixa-me ser bailarina!
Voar até ao céu pelas pontas de meus pés,
de braços formosamente erguidos na direcção dos sonhos meus,
e guardados na saia de tafetá!
Deixa-me ser livre
e ganhar asas ao som da bela melodia que entra em meus ouvidos…
E levar-te-ei em meus braços até ao cimo do céu,
bem junto do arco-íris que pintei para ti,
emoldurado pelos raios do sol que surgem teimosamente por entre as nuvens coloridas como se fossem algodão doce,
saborosamente doce!
Quero ser bailarina,
E deixar-me adormecer nas letras da canção que soa tão mais bela quando estou a dança-la,
E sinto-me rainha do palco que piso,
por entre pontadas dos meus pés,
calçados pelas sapatilhas já agora antigas que eu comprei porque queria ser bailarina!
Vem,
Vem tu agora,
dançar comigo esta bela construção de letras musicais,
Magicamente combinadas para nos fazer chegar ao céu!
Vamos,
dance-mos pela noite adentro,
prometo lançar-me a teus braços e subir o mais alto que me deixares,
no cimo dos teus braços,
que me fazem sentir segura,
E serei incrivelmente livre,
Quando subir as pontas dos meus pés,
E elevar os braços apontando ao meu mundo de fantasia,
onde sou senhora e rainha,
E caíu… bem forte em teus braços! ...
Obrigada por me fazeres bailarina
a tua bailarina... :)
Voar até ao céu pelas pontas de meus pés,
de braços formosamente erguidos na direcção dos sonhos meus,
e guardados na saia de tafetá!
Deixa-me ser livre
e ganhar asas ao som da bela melodia que entra em meus ouvidos…
E levar-te-ei em meus braços até ao cimo do céu,
bem junto do arco-íris que pintei para ti,
emoldurado pelos raios do sol que surgem teimosamente por entre as nuvens coloridas como se fossem algodão doce,
saborosamente doce!
Quero ser bailarina,
E deixar-me adormecer nas letras da canção que soa tão mais bela quando estou a dança-la,
E sinto-me rainha do palco que piso,
por entre pontadas dos meus pés,
calçados pelas sapatilhas já agora antigas que eu comprei porque queria ser bailarina!
Vem,
Vem tu agora,
dançar comigo esta bela construção de letras musicais,
Magicamente combinadas para nos fazer chegar ao céu!
Vamos,
dance-mos pela noite adentro,
prometo lançar-me a teus braços e subir o mais alto que me deixares,
no cimo dos teus braços,
que me fazem sentir segura,
E serei incrivelmente livre,
Quando subir as pontas dos meus pés,
E elevar os braços apontando ao meu mundo de fantasia,
onde sou senhora e rainha,
E caíu… bem forte em teus braços! ...
Obrigada por me fazeres bailarina
a tua bailarina... :)
terça-feira, 1 de julho de 2008
E se um dia…eu me esquecer???...
Antes demais peço desculpa a todos os que me visitam e/ou comentam por não estar muito presente por cá mas tenho tido infinitos problemas com a net e computador =/
Aparte esses problemas :
Há uns tempos, visitei uns familiares de uma amiga, que por necessitarem de cuidados constantes estão a viver numa casa de repouso, uma dessas sofre da doença de alzheimer que para quem não sabe é uma doença do cérebro (morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes.
Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados.
É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos.
Uma das coisas que mais me tocou foi o facto de ver essa pessoa olhar a minha amiga nos olhos, e não conseguir reconhecer a pessoa que estava a sua frente, achando que ela seria não a minha amiga mas sim a mãe dela, e apenas em alguns momentos conseguir reconhece-la, mas apenas porque as pessoas a sua volta lho recordavam…
Tudo isto porque a doença ainda não atingiu as ultimas fases, mas fazendo-se já notar bastante.
O que mais me marcou foi ver que no fundo dos seus olhos havia tamanha tristeza por não conseguir recordar quem era aquela pessoa que no fundo sabe que tanto ama!
Depois disto, a uns tempos, revi um filme que me é muito especial, e que por coincidência aborda este assunto:
“O Diário da Nossa Paixão”
E foi no culminar de tudo isto que me surgiu este texto:
E se um dia…eu me esquecer???...
E se um dia, eu me esquecer???...
E se apesar de todo o meu enorme desejo de nunca querer esquecer, um dia isso se torne inevitável???
Conseguirás tu,
encontrar uma forma de me fazer recordar, se um dia eu de tudo me esquecer?
Penso...
e as lágrimas soltam-se sem pedir autorização e talvez sem mesmo sequer haver razão, só pelo facto de eu pensar...e se um dia eu me esquecer??...
Não quero!!...
e choro ainda mais...
não quero um dia não me conseguir lembrar...
Dói...
Dói só de imaginar, se um dia não mais conseguir me recordar...
E então escrevo...
Vou escrever tudo!!
Escrever algo que um dia me fará recordar....
e eu não me quero esquecer...não quero não!
Diz-me...
Que farás tu,
se um dia, eu me esquecer??
Como posso te ajudar??
Como posso te ajudar,
para que me possas tu ajudar a mim, a recordar??
Deixo-te todas as palavras,
todas aquelas que me farão chorar,
que me farão sorrir,
todas aquelas, que sei, e sinto,
que me irão fazer lembrar...
Deixo-te as fotografias...
Todas aquelas que tirava simplesmente pelo prazer e amor que tenho em fotografar,
aquelas tão tolas que ninguém se lembraria de tirar,
e que mesmo assim eu tirei...
Deixo-te todas essas e todas as outras,
tiradas mesmo sem querer,
sem sequer ter vontade de ter alguém a captar momentos que naquele mesmo momento não quero que ninguém veja...
Deixo-te pedaços de mim,
pedaços que me fazem sentir viva,
que são parte de mim e que me irão fazer sentir novamente...
Se um dia...
Se um dia...
por infortúnio de mim mesma,
não conseguir mais lembrar...
peço-te...
Faz-me sentir viva,...
Ajuda-me a recordar....
Se esse dia chegar,...
lê-me as palavras que me fazem lembrar de mim mesma,
da minha vida...
E Perdoa-me,
Perdoa-me,
se um dia não conseguir mais me lembrar da minha vida,
de quem sou, de quem és amor...
Pois acredito que não exista dor como a dos que olham e sabem que outros não conseguem lembrar,...
mas dor maior será daqueles que por mal de vida, e vontade do destino,
esquecem mesmo sem querer...
Por favor,
Nunca me esqueças e prometo fazer de tudo para não te esquecer também...
E se da minha boca sair outro nome que não o teu,
Procura no fundo dos meus olhos,
o pedaço do meu coraçao,
onde estás tu gravado...
onde nem mesmo a dor do esquecimento
poderá apagar!...
Aparte esses problemas :
Há uns tempos, visitei uns familiares de uma amiga, que por necessitarem de cuidados constantes estão a viver numa casa de repouso, uma dessas sofre da doença de alzheimer que para quem não sabe é uma doença do cérebro (morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes.
Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados.
É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos.
Uma das coisas que mais me tocou foi o facto de ver essa pessoa olhar a minha amiga nos olhos, e não conseguir reconhecer a pessoa que estava a sua frente, achando que ela seria não a minha amiga mas sim a mãe dela, e apenas em alguns momentos conseguir reconhece-la, mas apenas porque as pessoas a sua volta lho recordavam…
Tudo isto porque a doença ainda não atingiu as ultimas fases, mas fazendo-se já notar bastante.
O que mais me marcou foi ver que no fundo dos seus olhos havia tamanha tristeza por não conseguir recordar quem era aquela pessoa que no fundo sabe que tanto ama!
Depois disto, a uns tempos, revi um filme que me é muito especial, e que por coincidência aborda este assunto:
“O Diário da Nossa Paixão”
E foi no culminar de tudo isto que me surgiu este texto:
E se um dia…eu me esquecer???...
E se um dia, eu me esquecer???...
E se apesar de todo o meu enorme desejo de nunca querer esquecer, um dia isso se torne inevitável???
Conseguirás tu,
encontrar uma forma de me fazer recordar, se um dia eu de tudo me esquecer?
Penso...
e as lágrimas soltam-se sem pedir autorização e talvez sem mesmo sequer haver razão, só pelo facto de eu pensar...e se um dia eu me esquecer??...
Não quero!!...
e choro ainda mais...
não quero um dia não me conseguir lembrar...
Dói...
Dói só de imaginar, se um dia não mais conseguir me recordar...
E então escrevo...
Vou escrever tudo!!
Escrever algo que um dia me fará recordar....
e eu não me quero esquecer...não quero não!
Diz-me...
Que farás tu,
se um dia, eu me esquecer??
Como posso te ajudar??
Como posso te ajudar,
para que me possas tu ajudar a mim, a recordar??
Deixo-te todas as palavras,
todas aquelas que me farão chorar,
que me farão sorrir,
todas aquelas, que sei, e sinto,
que me irão fazer lembrar...
Deixo-te as fotografias...
Todas aquelas que tirava simplesmente pelo prazer e amor que tenho em fotografar,
aquelas tão tolas que ninguém se lembraria de tirar,
e que mesmo assim eu tirei...
Deixo-te todas essas e todas as outras,
tiradas mesmo sem querer,
sem sequer ter vontade de ter alguém a captar momentos que naquele mesmo momento não quero que ninguém veja...
Deixo-te pedaços de mim,
pedaços que me fazem sentir viva,
que são parte de mim e que me irão fazer sentir novamente...
Se um dia...
Se um dia...
por infortúnio de mim mesma,
não conseguir mais lembrar...
peço-te...
Faz-me sentir viva,...
Ajuda-me a recordar....
Se esse dia chegar,...
lê-me as palavras que me fazem lembrar de mim mesma,
da minha vida...
E Perdoa-me,
Perdoa-me,
se um dia não conseguir mais me lembrar da minha vida,
de quem sou, de quem és amor...
Pois acredito que não exista dor como a dos que olham e sabem que outros não conseguem lembrar,...
mas dor maior será daqueles que por mal de vida, e vontade do destino,
esquecem mesmo sem querer...
Por favor,
Nunca me esqueças e prometo fazer de tudo para não te esquecer também...
E se da minha boca sair outro nome que não o teu,
Procura no fundo dos meus olhos,
o pedaço do meu coraçao,
onde estás tu gravado...
onde nem mesmo a dor do esquecimento
poderá apagar!...
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