sexta-feira, 1 de julho de 2011
A ti, somente a ti
Incomoda-me que a última lembrança que possuo da tua pessoa seja uma face como que enevoada pelo tempo e pela minha cabeça, apenas os traços fortes de quem tu foste ficaram marcados em mim:
o teu cabelo com aquele corte tigelinha que eu detestava profundamente e do qual tu tanto te orgulhavas, a cor dos teus olhos castanho avelã, que eu invejava todas as vezes que os via, o seres mais alto que eu, mesmo quando tentavas ficar olhos nos olhos comigo e dizias que eras apenas um menino....eras já tu um homem!...
lamento muito ter-te perdido tão mais cedo que imaginava, e lamento também na correria daquela despedida, soubesse eu que seria a última, não te ter dado aquele abraço apertado que tanto queria...
lamento que a minha cabeça veja apenas uma imagem semi perfeita daquele adeus atirado da porta de um autocarro que te levava depressa demais do nosso reencontro tão fugaz...
lamento, mas já lamentei tantas vezes antes, que decidi trocar todos os meus lamentos de tudo em ti que esqueci e trocá-los pelo magnífico por do sol, em que semi desnudado, enrolado numa simples toalha de praia, me lançavas os braços num abraço apertado, e me pedias um beijo....de todas as tristezas que a tua partida deixou em mim, foram as alegrias que me permitis-te sentir e nunca esquecer com o tragico passar dos anos, que permanecem sempre em mim, e na lembrança da pessoa linda que foste e que eu tive a grande oportunidade de conhecer e ter na minha vida, inda que somente em pequenos momentos efemores, mas eternos.
A ti, somente a ti, meu querido, meu anjo, um doce e terno beijo, como aquele que tanto me pedias....
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