quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Hoje quase te encontrei!





Hoje quase te encontrei!

Por um milesimo de segundo quase que acreditei que o destino havia traçado um qualquer cruzamento secundario em nossos caminhos, e julguei reencontrar-te uma vez mais!
Perdida por entre rostos de multidoes incertas, num desses locais cliche de ponto de encontro agora quase tradicional, e por um quase segundo enchi-me de esperança!
Quase podia jurar que eras tu: os teus olhos, a tua boca, o teu sorriso, a doçura no olhar....um milesimo de segundo!
O meu peito encheu-se com uma pura emocionante adrenalina, qual criança que encontra o pai natal debaixo da sua arvore!
Por um milesimo de segundo pensei ter-te reencontrado, ali, frente aos meus olhos, quase ao alcançe dos dedos meus,na felicidade de saber-te bem!
Julguei que apesar de eventualmente nao te lembrares mais de mim, estarias bem, junto de quem te gosta, dos mesmos que contigo partilham o teu sangue, ainda que nao mais lembrasses o meu nome ou quem eu era, ainda assim, arrebateu-se-me o coraçao por te saber aqui de novo, tao mais perto, tao diferente e tao igual!
Foi um milesimo de segundo perfeito... depois, depois dei-me conta que nao eras mesmo tu, e a incognita de nao saber onde estarias assombrou-me uma vez mais, e o pesar perene de nao saber qual o teu ruar, preencheu toda e qualquer esperança que havia suplentado dentro de mim.
Uma vez mais escapas-te-me por entre os dedos, e perdi-te o destino, e a noçao do que haveria ou nao alguma vez de te ter acontecido apos tao repentino homizio de tudo e todos.

Petiz fragil, onde andas tu?

Se me les esta carta, peço-te que, ainda que em segredo encoberto, fujas desse teu homizio recôndito e fleumatico, e me faças de alguma forma saber como estas, se bem, se mal, apenas peço que me enchas o peito com a singela segurança que o ar ainda de teu corpo se apodera, ainda que eu a ti nada te seja, senao marca de um tragico passado deixado para tras, na busca de uma luz brilhante e calorosa no teu destino cruel!

Marilia, estas ai?????

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Destinatario: Marilia








Algo despoletou dentro da minha cabeça a lembrança tua...


Onde estaras?
Estaras bem?
Como e´ a tua vida agora?


Vi-me invadida por milentas perguntas e assombrosas lembranças;
Sei que a tua vida nunca foi facil, era mais negra que o negro das noites que dividimos, era mais triste que as minhas lagrimas caidas;
Eras irma, mae, pai, dona de casa, estudante, trabalhadora, eras tudo o que nunca pensei que conseguisses ser, e ainda assim nao passavas de uma menina!
A tua face nao mais reside dentro do meu ser, apenas uma turva recordaçao da tua silhueta e olhos tristes residem dentro da minha cabeça, confusa sabes, teria tanto para te contar se te voltasse a ver...
Cresci, sem te ter aqui, mas sempre contigo na lembrança, no coraçao, interrogando-me se o ar ainda circularia dentro do teu corpo, ou se serias alguma tragica noticia de jornal!
Sempre te recordei com carinho, a ternura dos momentos que previligias-te a minha vida ao compartilhares o pouco do teu tempo para ser menina e que permitis-te que eu estivesse incluida!
Sempre te mantive viva dentro do meu coraçao, e guardo religiosamente a unica agora lembrança , da tua pureza, a ultima brincadeira de meninas que por ventura teras tido:
2 meninas num fundo de quintal, brincando com bonequinhas, e o ultimo abraço apertado que me deste, a profunda ligaçao emocional que deixas-te em mim, e que permite que jamais te tenha conseguido ofuscar do meu pensamento, ainda que sem nunca mais ter sabido de ti.
Fizeste a tua escolha, sentis-te o fundo do abismo e achas-te que nao havia mais alguma saida do buraco negro e frio em que vivias, e eu compreendo, compreendo que tenhas fugido de tudo e todas as coisas, para tentar uma ultima vez recuperar a vida que nunca tiveste e que por direito era tua, e que as despedidas poderiam demover-te da tua decisao perigosa e entao aceito que tenhas partido, esperando que tenhas finalmente encontrado o lugar e a familia que te deixe ser a menina que nao tiveste oportunidade de ser, e tudo o que desejo e´ que estejas bem e sejas feliz, num qualquer lugar, e quem sabe te recordes daquele ultimo dia como eu recordo, e as palavras que me disses-te:

" Sao para ti, porque eu gosto muito de ti!"

esta carta e´ entao para ti, quem sabe um dia se ainda a leras e teras coragem de retomar um minuto ao passado e fazer-me saber que estas viva e es feliz!
deixo-te entao umas novas palavras que entoam dentro de mim quando te recordo:


Nunca te esquecerei, onde quer que estejas, qualquer que seja agora o teu nome, a menina das spice girls perfumadas,a cinderela perdida dos contos de fadas!

Um terno abraço, apertado, sentido, em teu corpo e coraçao Marilia.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Paragem de autocarro





Nao sei que dia seria, nem tao pouco onde estava eu, mas seguia naquele velho autocarro sem paragem pretendida, sozinha num lugar a dois, junto da porta que me levaria, talvez, ja nao sei, a lugar algum protenso a algo mais, e vi-te claramente alguns lugares mais a frente, sentado a espera que eu fosse de encontro contigo, e ao perceberes que algo mais havia se passado, levantas-te-te e sentas-te-te do meu lado, com aquele sorriso tamanho do mundo, como quem fala sem dizer nada, e eu sabia o que estava a ouvir da tua boca calada!
Depois disso, pouco mais ficou, acho que ficou apenas a recordaçao dessa troca de olhares dentro de um antigo autocarro que rumava a lugar nenhum, e em que juntos, sem que palavras fossem ditas e mal interpretadas, e tudo o que veio depois, fiz questao de nem tentar lembrar, tinha a serena sensaçao que este seria o unico momento e quiça ultimo, que quereria voltar a reviver: o sorriso estampado na tua cara e o teu doce olhar;
Nunca me conheces-te verdadeiramente e foram mais as vezes em que mal me interpretas-te que as que me compreendes-te, e tantas as vezes em que me julgas-te por meras conversas que surgiram a conta de outrem e que nunca a ti te foram destinadas;
Mas tu nao sabias, nunca o poderias saber se nunca to havia dito, nem tinha pretensao para tal, pois nao sei se sabes, mas quando se consegue recuperar de uma queda de abismos, nao se tem coragem ou pretende aproximar de um outro, com receio de cair novamente;
Mas nao me quero aprofundar, que historias assim ja sei como terminam, visto que sei como sera o desenrolar desta fatidica historia de contos mil, que outrora vivi com almas gemeas de outras vidas que teimaram cruzar comigo uma e outra vez mais!
Aquela viagem de autocarro contigo foi a melhor que algum vez fiz ao teu lado.. estava contigo... ainda que tu nao o soubesses jamais!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Na ponta dos teus dedos










Escuta.

Escuta com muita atençao as palavras que te vao soar na tua cabeça ao leres estas mesmas que te escrevo, sim, que escrevo a ti, ainda que sem bem saber qual o motivo ou pretensao, mas que por um motivo ou outro senti um qualquer estimulo em partilha-las nas honrosas e por vezes ardilosas trocas de palavras que existe entre nos.
Sinto que nada te devo dizer, e que o perene silencio que reina entre nos dois se deve tornar fleumatico para bem deste plano terretre que de alguma forma, ou nao, se move em medidas que eu jamais estudei, e que sei que nao compreenderas pois como o poderias se jamais soubeste aquilo que nunca te disse, e que sufoquei e ainda estrangulo dentro do peito, pelo escruxiante rasgar de tormentos que causa em mim e que em nada teve haver contigo!
Sinto que nada devo, nada posso, e que tudo dependera de ti, e ainda que saiba que tudo o que vai, volta, sei que os supostos caminhos traçados nem sempre sao os seguidos, e como outrora perdi apesar da luta, parece troça do destino voltar a seguir rotas que outrora so me guiaram ate abismos profundos dentro da pessoa minha, e que me sufocaram, ainda que delicadamente pelo tempo, e acentuaram o negro rio que brota dentro do meu ser.
Entao tudo depende de ti, e´ o jogo do tudo ou nada, no momento em que me tens pela ponta dos teus dedos, e que somente podes optar por me tentar salvar ou me deixar seguir, sem culpas, nem ressentimentos, ou coisas vas que possam inesplicamente surgir dentro de nos mesmos, quando tudo o que devemos querer ja o temos, e a mais nao devemos alcançar!

Escuta.

Esta sou eu a deixar-me cair do alto do precipio psicologico que tormenta a minha alma, uma e outra vez mais... ou agarra a ponta dos meus dedos!





P.S.: Fica sabendo que ainda tento alcançar a ponta dos teus dedos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

As cartas, meu amor, que não eram para mim





Ai, amor,
as cartas todas que me escreves-te,
soube, que não as escreves-te a mim,
e enganas-te-me dizendo,
que o teu pensamento era eu,
e em mim,
me tinhas por dentro e por fora,
todavia, toda a hora,
enquanto com ela,
somente na hora,
te lembrava por fim,
sim, de mim;

Amor,
ai, meu amor,
soubesse eu naquela demora,
que não seria mais hora,
de ter me já não mais em ti,
e deixaria que tu,
já não mais agora,
provasseís de mim, senhora,
os lábios que tanto desejavéis;

E agora,
em tão amargurada hora,
me vou embora,
e te deixo assim,
perdido no tempo,
algures do momento,
em que já finalmente,
não mais te quis....

E assim me vou, e deixo rasgadas, todas as papeladas, que juráveís serem para mim, e que em teu pobre coração, endereçavas a ela....

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mais um pragmático buraco negro









Deleito-me no pranto de amarguras que sei estar prestes a arrebaterem-me o coração, e busco por um fragmento púdico de esperança em que o estado mental mentalmente prestes a alterar-se se possa envolver e devolver ao meu aparente fatidíco não normal estado de consciencia em que me encontro, e tento que seja uma constante existência em mim mesma.
Sinto-me prestes a cair em algum desses pragmáticos buracos negros que engolem um qualquer e só a mim, e desdenho se deverei deverás tentar não me deixar ir ao invés da frugal e fleumática permuta de estados mentais que habitam dentro da pessoa minha.
Tento então simplesmente deliciar-me com o sorriso malicioso que me corre na mente ao pensar no que busco conquistar na minha vida e descaio-me sobre a cama quente e tão mais vazia agora nesta hora de sombras e fantasmas e fecho os olhos, e sinto o bater do coração voltar-se sobre si mesmo numa dança agora ela mais suave e harmoniosa, ao ponto de não me dar conta, que entre o teu último adeus e as minhas últimas palavras descritas, o dia finalmente já amanheceu!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"Carta a um nunca amor"






Olha.
lembras-te deste lugar?
olha em redor e presta atenção.

Recordas-te?

O cheiro maravilhoso do mar salgado,
os Carpobrotus edulis que rastejavam até nós com os pequenos raios de sol que iam lentamente e tão veemente surgindo...

Agora lembras-te?
Eu não consigo esquecer!

Debaixo dos nossos pés estava areia, estava o mundo, um mundo que não era já mais "nosso", porque nunca o pôde ser.

Ah, eu sei, como poderia esquecer?!
Quando nos diziam " De mão dada, não larga!!!" e tu agarravas a minha e não mais largavas!
Acho que seria capaz hoje, agora mesmo, de sentir o mesmo que nesse dia,
voltar atrás no tempo,
perder-me naquele momento,
em que somente estavamos ali, parados d'frente ao mar, de mão dada, a ver o sol chegar...
Estranho o rumo que a vida tem, se foi-se tanto que eu esqueci, e esse momento permanece ainda hoje em mim,
como se fosse agora mesmo, contigo aqui;
Se fechar os olhos, recordo esse pequeno fragmento de segundo,

PERFEITO

INTACTO,

sem som algum, pois palavras são vãs e fogem com o tempo,mas o momento, aquele instante sumptuoso, único, esse ficou,esse ainda está em mim e acho que sempre estará!

Espero que tenha sido tanto para ti como foi para mim.
Que a nossa inocencia permitiu que fosse tão mágico, quanto jamais poderia imaginar.

Que o vento te conte estas palavras, uma a uma, com a mesma saudade tenebrosa que assombra gentilmente o meu coração, que somente nesta lembrança, tão intocável, não se desfaz em milhares de pedaços, por saber o que sei hoje.
E um dia também eu me irei, para essas outras cousas que dizem ser Destino, e quem sabe se ai, poderei novamente te lançar o som da minha voz, e dizer, o quanto foste para mim, o Homem, que nunca chegas-te a ser!

" Um beijo " tal e qual como mo pedias.... E até um dia meu nunca Amor!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

passatempo Quero ganhar a Revista Saúde Hoje.


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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Submergir...







Ali estava eu, mergulhada num nada, despida de tudo, afogando-me em mim mesma.
Senti a facilidade escorrer-me pelas pontas dos dedos enquanto tentava segurar o oxigénio que tentava subir dentro de mim, e dei-me conta o quão facilmente seria por um final na minha história, ali mesmo, naquele confim de água que submergia em torno de mim mesma.
E nada mais ocupava a minha mente senão o som já não mais incomodativo das gotas de agua que restavam e caiam temporalmente no mesmo prado decadente onde eu estava.
E nada mais, restava de mim, até que fora de mim mesma, voltei a respirar, e subi de volta na maré negra...

domingo, 31 de julho de 2011

Deixo-me..







Deixo-me cair petrificada sobre o chão manchado pelo sangue e lágrimas que outrora criavam caminhos e penso no amago de mim mesma, e admoesto a minha pessoa tudo o que dilapidei em tempos fugazes de antigas vidas.
Deixo o silêncio cair sobre este mesmo chão, lado a lado do corpo meu, ardiloso e insolente, sabendo já qual o ruar deste fenecimento.
Deixo que as palpebras caiam sob meus olhos e abafem todo e qualquer alarido que me tente roubar a este meu pândego homizio que de tão fleumático e frugal o encontro no somente meu amago!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Tem por ai menina....




Existe uma menina que vive todo o dia triste,
porque olha no lado,
e vê uma magrinha dizendo que tem que emagrecer,
e então ela fica em querer
que ela também o tem que fazer!

E toda a vez que alguém a visita,
faz sempre questão de relembrar,
que cada vez mais ela engorda,
e que isso nunca mudará!

E ela chora,
ignora,
mas fica sempre a pensar:
"è, eu vou ter mesmo que mudar!"

E como não consegue emagrecer,
passa a vida sem querer comer,
e a contar caloria,
na esperança que agora,
muito peso consiga perder.

E ela volta a chorar,
porque só se vê a engordar,
ainda que sem nada todo o dia comer!

E se perde no frigorifico,
envolta de doce calorifico,
enquanto acompanha com lágrimas salgadas,
o que encontra de restos na sua madrugada!

E todo o dia se farta de ouvir,
menina magra falar:
"ai eu preciso emagrecer,
que comi muito ao jantar,
a salada era grande demais!"

E então ela se recolhe,
e mesmo sabendo que essa garota de anorexia sofre,
ela sempre fica com o pensamento:
"Nossa, igual a ela eu quero ser!"
E prefere passar fome,
sabendo que assim um dia morre,
mas nunca mais irá chorar,
por ter de ouvir alguém chamar,
a palavra que pela qual muita menina morre:

G-O-R-D-A!


Triste, mas é assim.....

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Naquela rua escura...




Perdi-te naquela rua escura...
Perdi-te de mim, perdi-me de ti.
Deixei-me vaguear pelos trilhos semi amargos do prepotente caminho amargurado que fui eu quem escolhi...foi onde eu me perdi!
Deixei-te cair dormente sereno, com pensamento pleno, do que fazer ali, saí, foi assim que eu decidi.
Somente escuridão restou dentro de nós, ainda que saiba que encontrarás, em plenas folhas desmaiadas a teus pés, as pedras que te elevaram a teu destino, cretino, o meu, assim o será, pelos pecados que em outras milhares de vidas cometi!
Desmancho-me então em pedaços de vidas que fui, que sonhei vir a ser, que ostentei a capacidade de conseguir...e deixo o tempo correr, ao soprar do vento, descrente veemente, que de contente me sopra o ouvido, que pior, ainda há-de vir!


Perdi-te naquela rua escura...quando a lua iluminou o caminho generoso que haverias de cumprir.
Perdi-te de mim,
somente tu de mim,
pois eu,
já perdida nasci!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A minha constante inconstância





È uma luta constante.....

todos os dias,
por vezes durante horas,
sem um cessar fogo aparentemente á vista.

De um momento para o outro,
o sorriso esbate,
o corpo esmolece,
a mente estremece,
e a vida desmorona.

De um momento para o outro,
o alter ego profundamente incomodativo e egoísta
submerce na alma e gela o coração,
petrifica-me instantaneamente
e revolta o pensamento feroz e volátil.

E eu quebro,
e eu cedo,
e desmancho-me em pedaços de mim mesma,
numa outra versão incapaz,
impaciente,
e torno-me amarga,
descrente,
anti socialmente capaz de ser.

E por vezes, não consigo vencer,
e deixo-me afastar,
submersa em profundezas obscuras e homiziosas,
perco-me na vastidão da amargura dentro de mim.

E por vezes, consigo vencer,
e impeço que vozes ditem as minhas palavras
e chacino alter egos absurdos e belicosos,
e sou capaz de ser apenas eu mesma.

è uma luta constante ... e ao que parece.. perene!
Tento vencer, ainda que quase sempre seja o mesmo fenecimento.

A ti, somente a ti




Incomoda-me que a última lembrança que possuo da tua pessoa seja uma face como que enevoada pelo tempo e pela minha cabeça, apenas os traços fortes de quem tu foste ficaram marcados em mim:
o teu cabelo com aquele corte tigelinha que eu detestava profundamente e do qual tu tanto te orgulhavas, a cor dos teus olhos castanho avelã, que eu invejava todas as vezes que os via, o seres mais alto que eu, mesmo quando tentavas ficar olhos nos olhos comigo e dizias que eras apenas um menino....eras já tu um homem!...
lamento muito ter-te perdido tão mais cedo que imaginava, e lamento também na correria daquela despedida, soubesse eu que seria a última, não te ter dado aquele abraço apertado que tanto queria...
lamento que a minha cabeça veja apenas uma imagem semi perfeita daquele adeus atirado da porta de um autocarro que te levava depressa demais do nosso reencontro tão fugaz...
lamento, mas já lamentei tantas vezes antes, que decidi trocar todos os meus lamentos de tudo em ti que esqueci e trocá-los pelo magnífico por do sol, em que semi desnudado, enrolado numa simples toalha de praia, me lançavas os braços num abraço apertado, e me pedias um beijo....de todas as tristezas que a tua partida deixou em mim, foram as alegrias que me permitis-te sentir e nunca esquecer com o tragico passar dos anos, que permanecem sempre em mim, e na lembrança da pessoa linda que foste e que eu tive a grande oportunidade de conhecer e ter na minha vida, inda que somente em pequenos momentos efemores, mas eternos.

A ti, somente a ti, meu querido, meu anjo, um doce e terno beijo, como aquele que tanto me pedias....

A PEDIDO DE UM LOUCO!





- Vem comigo a Paris!!!
Faz a mala, fica pronta, não penses em nada, apenas vem!


- E eu fui....

ainda que só em sonho,
fui contigo até Paris,
jantamos ás luz de velas no Le Saut du Loup,
como tu sempre dizias;
"jantar e depois regalar as vistas"
e depois regalámos e encantamo-nos,
e ficamos perdidos pelos jardins do Carrousel,
perdidos por entre risos, instantes efémores, contos de mel....
E vimos o Sena, e espreitámos o Louvre,
e gritámos do alto da Eiffel... mas essencialmente ficamos juntos....
Ficamos juntos, cada um no seu recanto,
apenas olhando nos olhos
deitados numa mesma cama,
sem um único toque trocar,
nem um tão somente beijo dar,
calamos todas as palavras que queriam gritar,
"que os teus olhos já me beijam e os meus a ti tudo te confessam!"
E as horas se passaram, e um novo dia nasceu...
Na "nossa Paris, a dos eternos amantes"
inda que nunca o tenhamos sido,
inda que nunca o possamos vir a ser!

"Ma belle, mon amour, tout et tout pour toi....
Mon essence.. l'essence de mon âme!"

- Eu sei, sei que não virás, mas um dia, ainda iremos... á nossa, somente nossa, A Amante, Paris!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Chegas á ponta do meu nariz








" Chegas á ponta do meu nariz "
E ali no meio daquela rua já escura,
estava eu de salto alto,
quase tocando a minha boca na tua!

E o que fiz?..
Nada, ora essa!
Que havia uma promessa,
que tinha que se cumprir!

E olhamo-nos nos olhos,
e eu sentia o teu respirar,
teus braços a me abraçar,
e uma enorme vontade de beijar!

"não tenhas medo,
deixa-te levar,
prometo-te, vais gostar"
e como eu me queria deixar levar....

"Chegas á ponta do meu nariz,
mas eu já te poderia beijar"
E sorrimos, e rimos,
e ficámos só pelo desejo,
de um beijo,
mais profundo que o do olhar,
mais forte que o verbo amar!

"Sabes, este momento, aqui contigo, foi já mais que perfeito"

Foi perfeito e por isso, eu nunca o esqueci....

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Yeah, you know... i've been missing you for too long.....








E poderia deixar-te esta carta em branco somente e unicamente cerrada com tal comum e vulgar palavra, essa tal de Saudade, sem nada mais a dizer-te pois tu sabes o quão vasto pode ser o diálogo entre o meu olhar e a tua alma, e ambos sabemos que não é o nosso tempo ou destino.

Mas existe aquela tal connection, que não temos como explicar, mas que faz queimar o peito, e Dawn, como se vê no nosso olhar!

E eu revejo, os momentos, os silêncios que poderiam ser constrangedores e que nunca o foram, pois todos eles foram sempre ocupados pelos gestos, as trocas de olhares que tinham tanto para dizer e que gritavam no silêncio do nosso tempo juntos, o quanto queríamos que o tempo fosse outro, e tudo fosse diferente, e testamos os nossos limites e quase forçamos barreiras, pois sentimos que havia algo mais, algo que não se explica, a química, a vontade, o desejo, tudo quanto somente o coração, essa persona não grata, o saberia explicar!

E despimo-nos de preconceitos, e assumimos o quanto era real, o sentimento mútuo, a atracção quase que fatal, mas soubemos seguir em frente.

Hoje, ainda sou capaz de sentir o friozinho na barriga ao pensar em ti, e sentir as pernas bambas quando sei que estaremos no mesmo espaço, no mesmo tempo, ainda que não o nosso, inda que não desta vez.

E como te disse naquela nossa última noite juntos:  não hoje, mas numa outra próxima vida, quem sabe o destino ainda nos junta, num mesmo caminho onde somente nós os dois caminhemos, e seja o nosso tempo de tornar real todos os desejos..." all the love " as you said before.... e não mais precisemos de nos envergonhar pelas trocas de olhares e a vontade de beijar, e aí tudo parecerá correcto, e inevitável.


Que ela te guarde no olhar, com a mesma ternura que eu te guardo no coração... todos os dias, e sempre.... um destes dias, vemo-nos por aí.....

luv xxx

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ganhar dinheiro fácil? é com o trivago!






TRIVAGO


A uns meses atrás tive conhecimento de uma página que diziam oferecer dinheiro por se comentar e assim, e inscrevi-me mas depois nunca mais liguei á coisa.
Acontece que mês passado, numa conversa num forúm em que participo vim a saber, que montes de pessoas estavam a ganhar dinheiro:
desde 10€ até 650€!!!
Fiquei de queixo caído e quis ver por mim mesma, e então, apesar de estar na altura somente a 8 dias do fecho do mês, atirei de cabeça, especialmente porque estavam com uma grande promoção do mês, e qual não é o meu agrado, no fim dos mês, ver que ganhei 83€, naqueles poucos 8 dias, em que pouco me dediquei!
È verdade que este mês já não há promoção, mas mesmo assim, com 11 opiniões e algumas fotos, já estou quase nos 10€ e isto só nesta semana!
Fiquei tão impressionado com a página ( e eu que já me inscrevi em imensos sites que dizem dar dinheiro por clicar em páginas e assim, mas que se demora meses e meses até atingir os 10€! )  que resolvi então partilhar com outros que estejam como eu, dispostos a "perder" uma horinha por dia a escrever sobre sitios que conheço e/ou visito para ganhar uns belos trocos!

Como funciona mesmo? Assim:

trivago divide a metade das suas comissões que produz através das reservas entre todos seus usuários, os usuários mais experientes atualmente ganham cerca de 500 e 1000 euros com trivago.
Como ganhar? Assim:


- Escrever opiniões sobre os lugares que visitei.
- Escrever descrições sobre hotéis, simplesmente fazendo uma pesquisa sobre as suas caracteristicas.
- Adicionando fotografias, " aquelas, que tirei naquela viagem linda, quando fui a... "

estas são as iniciais acções que podes fazer, consoante aumentem as tuas milhas, ganhas outro status e com ele a possibilidade de ganhar mais com outras acções.

Agora, não percas tempo e começa já a ganhar!!!  AQUI!!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mais um cigarro...




E acendo mais um cigarro enquanto me debruço sob a janela e olho o vasto que me rodeia, e a minha tamanha insignificância no meio deste pedaço de chão sem esperança, sem tudo, sem nada....
E enquanto dou mais uma passa no cigarro já meio corrompido pela sede de sabedoria que pensei nele encontrar, penso para mim mesma o quão miserável pode um destino ser, se não sou eu quem o comanda, e não sei quem o por mim faz!
E eis que surge uma momentânea solução... apago o que resta de mim, enquanto fecho a persiana, e me atiro na cama, na vaga esperança, que quando voltar a abrir os meus olhos, tudo seja claro quanto a luz do amanhecer, tão nítido quando o cigarro esborratado no chão!....

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Não me deixes cair




Tens me pressa por um fio!



Não me largues, não me deixes cair, ou serei mais uma do meio de tantos estilhaços quantos os que já lancei ao longo da minha vida....
E se até hoje ainda estou pressa a uma qualquer linha d vida, é porque é a ti que ela está pressa...
Então, peço-te uma vez mais.... não me deixes cair... ou não sei se alguma vez mais serei capaz de voltar a estar pressa a uma outra linha, ou vida!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Saudades... de ti...




Sei que estiveste aqui.
Ainda sinto o teu cheiro embrulhado no cobertor, e ainda sinto a rástia de vida com que me tocaste o corpo e beijaste a alma;
Sei que nunca foste meu, e eu nunca imaginei ser tua, mas sinto que sabes o quanto eu gostava de ter gostado de ti, assim, desse jeito, com que tu olhavas nos meus olhos e dizias que sentias e que gostavas de mim;
Sei que a alma alcança mais que o olhar, e por isso, todos os dias espero sentir-te novamente na brusquidão da noite ou até na luz de cada amanhecer, com o mesmo carinho e ternura como da quase última vez em que quase fui tua e tu quase poderias ser meu.
Ai........
Acho que são saudades tuas..........................
Te leve o beijo meu, a alma, que a tua alma levou embora.........

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Acho que era Amor!




Acho que era Amor......

Era um amor, mas não queimava nem sufocava.
Era um daqueles raros amores de ALMA, que pouca gente os sabe como é.....


Eram as cartas trocadas..... as flores.....as fotografias.......acima de tudo as palavras....

Eram tudo aquilo quanto poderiamos querer,
e no entanto era um nada.
Era um nada o amor que tinhamos,
eu a ti, e tu a mim,
e cada um de nós a nós próprios.

Era um amor doce; terno; sentido;
e contido, e brusco, e negado;
era tudo quanto um amor pode ser
e quanto não queria que fosse.

Amor;

era ele,

eras tu,

a metade mais que perfeita no meio de toda a sua imperfeição.

Era ambíguo,
prepotente,
insurdecedor
ainda que no seu total silêncio.

Não precisava de palavras faladas,
nem tão pouco de explicações,
apenas,

gestos

emoções,

toda uma volúpia de sentimentos
revoltos e envoltos numa forja;
Forja essa que não sabiamos conduzir....
nem tão pouco para onde levar!

Era o tanto e o tão pouco que nos fez crêr e desejar,
no impetuo resplanecedor de um brilho no meio do deserto
em que ambos viviamos e morriamos lentamente,
a cada momento que deixavamos passar....

Amor,
Era o que era!

Adolescente, inocente, sem noção do que significava em nós,
no corpo, na alma, no desejo da ânsia e na sua imensa demora.

Era UM AMOR.... hoje... acho que já não é mais;

domingo, 10 de abril de 2011

Falar, ou não dizer

Não encontro palavras para dizer, aquilo que a boca insiste em calar, e o peito grita mudo com medo de se deparar com isso mesmo;

Sem dizer nada tento falar, e o que oiço tento acreditar;

Não encontro forma de saber a verdade sem que os batimentos se quebrem, e por isso, acho que vou continuar sem falar, e esperar nunca ouvir, aquilo que tenho medo de encontrar....

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Foi....

Foi no dia em que eu morri, foi no dia em que eu morri que os meus amigos apareceram,os meus amigos me quiseram ver,  e os amigos distantes esqueceram a distancia e vieram.

Foi no dia em que eu morri, que as pessoas deixaram de estar muito ocupadas e passaram a ter um bocadinho de tempo para me ver, um bocadinho de tempo para dizer que me conheciam.

Foi no dia em que eu morri, que os meus amigos deixaram de ter a vida deles para ver a vida que eu já não tinha.

Foi ai, no dia em que eu morri, que todos se lembraram de mim e quiseram ter tido tempo para falar comigo.

Foi ai, que deixaram de lado falsos julgamentos e quiseram estar comigo.

Foi ai, que as pessoas se deram conta que afinal, eu não estava assim tão bem.

Foi ai, que as pessoas se arrependeram, das palavras que não me disseram, das vezes que não pensaram em mim, das vezes que me negaram.

Foi ai, que as pessoas se arrependeram das palavras que disseram e magoaram, das vezes que eu pedi e não quiseram, das vezes que me esqueceram.

Foi ai, no dia em que eu morri, foi e já não é mais, e depois,depois tudo voltará a ser como era, como sempre foi, e se por algum motivo isso mudar, aí, aí será tarde demais, e já não haverá volta a dar, no dia, em que eu morri.

Mas o dia em que eu morri, afinal, afinal ainda não foi neste aqui, e quem sabe, se isso mudará alguma coisa, ou quem sabe, se tudo, afinal, permanecerá exactamente igual.....

segunda-feira, 28 de março de 2011

Quanto tempo o tempo tem.









Era um dia de quente, isso não esqueço, ao contrario da data, que tentei sempre reprimir para não temer que o dia volta-se a acontecer.
Dezasseis horas e vinte e tres minutos;
13 segundos.. foi o tempo que parecia não mais acabar.
Foram 13 segundos que pareceram eternos.
Foram o tempo suficiente para ver correr nos meus olhos momentos que jamais pensei recordar, momentos que esperei lembrar para sempre e tudo num espaço de 13 miseros segundos.
Em 13 segundos, a minha voz desapareceu, o meu corpo imobilizou, e eu já não era eu, mas uma projecção de mim mesma.
Não um, não trinta, mas 13.... 13 segundos que me mudaram, que ignoraram a minha força e vontade, e me fizeram ceder.
Foram o tempo suficiente para saber o que realmente significa a palavra panico, e para agora mais tarde, perceber a complexidade do meu cerebro que em 13, 13 segundos me fez com que tudo me passa-se pela cabeça, como se esses mesmo 13 minutos podessem mais que uma hora ser.
TREZE segundos...
os 13 segundos mais longos, que me fizeram compreender a palavra MEDO.
Treze segundos, que sinto presos no peito, e que me deixam parada no tempo, involta naquele mesmo momentos vezes sem fim, cada vez que penso nisso.
Foram os segundos necessarios para mudar a minha forma de ver e compreender quem me dizia sentir esse medo.

FORAM TREZE SEGUNDOS... que finalmente terminaram!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Foste somente TU





... Foram os teus olhos...
foram eles que primeiro me cativaram..
e depois foi o teu sorriso, a tua voz, o teu cheiro...
foste somente tu...

... Foram os momentos...
foram eles que me fizeram perceber quem tu eras..
e depois foi o abraço forte, o andar de mão dada, as trocas de beijos...
foste somente tu...

... Foram sentimentos...
foram eles, e foste tu..
e depois foi a certeza de que sempre te teria na minha vida...
foste e serás sempre parte de mim...

a bebé que não veio de dentro de mim, e que não tem o meu sangue,
mas que derrete o meu coração quando te oiço me chamar com um sorriso rasgado nos teus pequenos lábios:

Mamã!!